terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Minha Mamoplastia Redutora pela Unimed - parte 5

Parte V: até a segunda surpresa
Os dias foram passando e o resultado da hiperbárica ficava cada vez mais surpreendente. Quando recebi alta da oxigenoterapia fiquei muito feliz, estava com 22 dias de operada. Minha aréola foi totalmente recuperada e pigmentada. Diante de todo esse sofrimento nunca reclamei, todos os dias agradecia a Deus por tudo. Teve momentos em que cheguei a pensar qual verdadeiro motivo disso ter acontecido comigo, mas sempre me lembrava do meu Jesus que é grande e da fé que eu tenho Nele.

No período de recuperação, cada dia que passa você nota a diferença. O desconforto vai ficando menor e com uns 25 dias você começa a achar que está 100%, aí é que mora o perigo. O que me trouxe alívio foi fazer a drenagem linfática. Comecei com oito dias de operada, quando a Manu passou a me atender em casa. Quando acabava a drenagem a mama murchava, eu ia até no banheiro, de tanto líquido retido. A Manu também tratava minha cicatriz com massagem específica e óleo de rosa mosqueta. Adorava fazer a drenagem, além de ganhar alívio, ganhei uma amiga. A Manu me acompanhou todos os dias, foi minha confidente e sempre me animou muito. Bem que a Inês falava que a gente ia dar certo! É uma super profissional!

Só fui tirar os pontos com 19 dias de cirurgia. Quando o dr. Jorge estava tirando, a secretária dele entrou e falou comigo que a biópsia do nódulo estava pronta. Ele perguntou para ela:
-Foi a biópsia que deu aquele negócio?
Eu: - que negócio?????
Ele: Muita pizza, macarrão, sorvete, chocolate, só gordura Vanessa.
Eu: - kkkkkk
Ele: - Agora aproveita que você está com a mama bonita para emagrecer, porque seu rosto e o formato do seu corpo são lindos! Quero ver você maravilhosa!
Fiquei lisonjeada, afinal, veio de um cirurgião plástico!
Estava tudo sequinho e a cicatriz fininha. Ela fica bem avermelhada e um pouco hipertrófica, mas a Manu fazia o tratamento e colocava pressão com a gaze para abaixar. O médico falou que a cicatriz começa a clarear com seis meses. No início, a mama fica esquisita, meio achatada, depois vai ficando redonda e tomando uma forma mais bonita. A diferença nas roupas é instantânea, perdi muitas camisas e recuperei outras. As pessoas que não sabem que operei perguntam se eu emagreci. Fiquei doida para saber qual seria o meu número, por enquanto, está 46, mas acho que ainda vai desinchar mais.

Voltei a dirigir com 30 dias, quando também voltei a trabalhar. No fim do ano, tive vários convites para ir à praia, mas só vou poder mesmo em abril, com seis meses. O meu médico deixou com três, mas prefiro esperar. Até 40 dias estava tudo tranqüilo, quando tive a segunda surpresa do pós-operatório.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Minha Mamoplastia Redutora pela Unimed - Parte 4

Parte IV: Até a Oxigenoterapia Hiperbárica

Estava muito apreensiva para retirar o “curativão”, pois não agüentava mais de tanta coceira devido à alergia. Finalmente, o dr. João tirando cuidadosamente para não doer, chegou o dr. Jorge para acabar quando vi a cara de decepção deles. Meu corpo estremeceu, meu coração doeu. Sim, estava com um problema na cicatrização.

Ah que vontade de sair correndo e nunca mais voltar! O doutor Jorge já tinha conversado comigo sobre os riscos e as complicações da cirurgia. Só que a gente pensa que nunca vai acontecer com a gente.
Ele não me desanimou, pediu que tivesse paciência, receitou os remédios e pomadas e indicou um tratamento que estava obtendo bons resultados em casos como o meu, a Oxigenoterapia Hiperbárica.

Quando ele viu que eu ia entrar em pranto, ele conversou comigo. –Vanessa tenha calma. Você fez uma escolha na sua vida. Você não operou por estética. Se com 24 anos você já está com escoliose, mais cedo ou mais tarde, você iria ter uma hérnia de disco. E na cirurgia de hérnia de disco, que é muito pior, de dez pacientes um não volta a andar.

O detalhe é que quando olhei no espelho passei mal duas vezes na clínica, quase desmaiei, mas é porque sou fraquinha mesmo. Saí de lá direto para a clínica de hiperbárica, para saber o preço, porque o convênio não cobria. Realmente, confirmei que o tratamento ficaria muito caro, mas estava disposta a me endividar como for para fazê-lo.

Saí da clínica já chorando, meu mundo já tinha desabado. Quando cheguei em casa, minha mãe também não agüentou, caiu no choro. Liguei para o Vitor desesperada. Ele, um amor de pessoa, me acalmou falou que eu não deveria me preocupar porque ele arcaria com tudo. Fiquei muito aliviada e muito agradecida. Deus é bom por ter colocado um noivo desse jeito na minha vida.

Eu decidi que não contaria esse problema para ninguém, pois enfrentaria de cabeça erguida. Recebi muito apoio da minha mãe, minha vózinha querida que cuidou imensamente de mim, meu pai, do Vitor, da Cibely, da Vivian, Taninha, Virgínia, Camila, pessoal da igreja, enfim, todos aqueles que ficaram sabendo naquele momento.

Comecei a oxigenoterapia hiperbárica no outro dia. As enfermeiras e a médica da clínica me tranqüilizaram muito, falaram que meu problema era fácil de resolver. O risco, se eu não fizesse o tratamento, era minha aréola morrer e ter que fazer enxerto, o que me apavorou muito. Eu nunca tinha ouvido falar da hiperbárica, só sabia que os astros de Hollywood faziam para rejuvenescer. É o seguinte: o paciente entra na câmara hiperbárica, que mais parece um submarino, e durante duas horas, respira oxigênio puro, através da máscara. A pressão dentro da câmara, se não me engano, chega a 15 metros abaixo do nível do mar. Assim, os órgãos se contraem e, ao respirar oxigênio puro, a corrente sangüínea leva para todos os lugares que estão com déficit, contribuindo para a cicatrização.

A primeira sessão eu tirei de letra, não tive dor de ouvido e muita paciência, pois você fica duas horas só pensando na vida, sem fazer absolutamente nada. Eu tive muita força, estava determinada a me recuperar. Por incrível que pareça, esse tratamento deixou marcas profundas na minha alma, porque passei por experiências reais de solidão e abandono vistas nos olhos dos meus companheiros de hiperbárica. Foi nesse período que escrevi o post Valor à Vida. Então você pode ler e conferir o que senti.

Fiz 17 sessões seguidas, sem interrupções até nos finais de semana. Aprendi muito nesse período, principalmente, a ter paciência. Em toda sessão escolhia o que iria pensar. Lembrei de cada momento que vivi, de cada pessoa que já passou na minha história. Compartilhei também da história de cada paciente, muitos dias, alguns choravam de dor, isso também me doía. A cada dia que passava recuperava ainda mais, o resultado era impressionante.

Agradeço a todas as pessoas que me visitaram, me deram força e oraram por mim nesse período. Lê, adorei sua ligação direto de Sampa, me senti muito importante!

No próximo capítulo (rsrsrs) continuo com mais detalhes sobre recuperação, drenagem, pontos, roupas perdidas, dirigir, trabalhar, essas coisas.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Minha Mamoplastia Redutora pela Unimed - Parte 3


Hoje vou para o terceiro capítulo. Estou contando detalhadamente tudo que senti, passei e ainda me lembro, para enriquecer a experiência.

Parte III: até a volta ao médico

Acordei com a enfermeira falando: - Vanessa acabou, vamos pra maca? Eu logo respondi e fui encaminhada para a sala de recuperação. Estava grogue demais e a primeira coisa que perguntei foi qual a quantidade retirada. A enfermeira já foi fofocando no meu ouvido: - Menina, Dr. Jorge tirou 1,1kg de cada mama, você está 2,2kg mais magra!

Fiquei feliz, imaginava que seria mais ou menos isso mesmo. Na sala de recuperação, eu não senti nada, só uma vontade enorme de fazer xixi (desculpe o termo, mas vou usar o coloquial mesmo). Pedi a enfermeira para colocar a comadre, só que travei toda. O enfermeiro chefe me ameaçou passar uma sonda caso não conseguisse urinar. Fiz tanta força que saiu só um pouquinho. Tanto que quando mexia parecia que meus pontos iriam arrebentar, essa sensação é constante no início.

A cirurgia durou cinco horas. No final, o doutor Jorge chamou minha mãe para levar o sutiã cirúrgico e saber notícias da operação. Ele contou que minha cirurgia foi um sucesso, eu estava me recuperando bem e perguntou se minha mãe queria ver.

Ela disse: - Ver a Vanessa?
Ele: - Não. Ver o que eu tirei da Vanessa.
Ela: - Quero sim!
Ele: - Hum! Corajosa!
Então minha mãe percebeu que a enfermeira carregava dois sacos. Ela pegou, sentiu o peso e falou que parecia gordura de frango com nervinhos! - Ecaaaaa!
Estava quase boa e a enfermeira veio cochichar comigo novamente: - Tem um moço lá fora querendo invadir o bloco cirúrgico de tanta ansiedade, o que ele é seu?
Eu respondi: - Esquenta não, é o Vitor, meu noivo, ele é assim mesmo!

Também pudera, eu só saí do bloco às 16h30.

Quando subi para o quarto já quis ir ao banheiro. A enfermeira negou, pois disse que minha pressão poderia cair e eu não sentir minhas pernas por causa da anestesia. Eu relutei e falei que se eu caísse, o Vitor me segurava. Enfim, missão cumprida, xixi eliminado!

A primeira sensação que tive ao passar a mão foi estranhar muito. Perguntei: - Uai, cadê os meus peitos? Quando olhei pra baixo e vi minha barriga, que susto! É verdade, eu não a enxergava antes! O Vitor comentou: - Nossa amor, sua aparência mudou, ficou ótima! E olha que eu estava com aquela cara de detonada!

Eu não senti nada com a anestesia, nem sequer um enjôo. Estava super bem. Só fiquei impressionada porque saiu muito sangue da cirurgia, que sujou os lençóis e meu sutiã, mas era um sangue morto, normal. A primeira e única noite no hospital foi uma penúria, pois senti muito desconforto em ficar numa posição só. Acordei minha mãe a noite inteira para levantar e abaixar a cama. Senti uma secura na boca e minha pressão baixava muito toda vez que levantava, foi só isso.

Na manhã seguinte, já tomei banho completo com ajuda da enfermeira e, logo em seguida, o médico me deu alta. Ao voltar pra casa, quase morri, porque o carro balançava demais. Os remédios receitados foram antibiótico, anti-inflamatório, analgésico, vitamina c e ácido fólico.

A parte mais difícil do pós-operatório foi dormir numa só posição e ficar longe dos meus goldens. O Bono e a Bella olhavam pra mim e choravam sem entender nada. No início, minha vó e minha mãe me ajudavam a fazer tudo. Levantar do sofá, da cama, pentear cabelo, subir a calcinha, pegar as coisas no alto e no baixo, tomar banho, carregar algo mais pesado, etc. (Aí você aprende o que é depender dos outros). Minha mãe me ajudava no banho, eu ficava sentada num banquinho de plástico, usava sabonete de glicerina. Lavei meus cabelos no salão, nos primeiros 15 dias, pelo fato de ser mais confortável. Fui muito paparicada por todos!

A mamoplastia redutora não é uma cirurgia dolorida, o uso de analgésico alivia a dor. O melhor jeito de se recuperar rápido é seguir as orientações médicas e ficar quietinha, sem levantar os braços. Eu fiquei muito inchada, tive alergia ao micropore, minha pele ficou super oleosa e meu couro cabeludo descamou. Eu não tive coragem de olhar no espelho nos três primeiros dias, mesmo estando com o curativo. Depois me acostumei.
Com cinco dias de cirurgia, eu tive que voltar ao médico para retirar o micropore e ser avaliada. Foi quando tive a primeira surpresa do pós-operatório...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Minha Mamoplastia Redutora pela Unimed - Parte 2

Demorei a escrever a continuação de minha história, pois como minha vida está voltando ao normal também está corrida com muito trabalho acumulado. Sem falar no desvio de percurso da cirurgia que conto mais pra frente. Apesar da alegria com o resultado, cirurgia é cirurgia, e a recuperação está sendo bem devagar.

Parte II: Até a Cirurgia

Depois que recebi o resultado da perícia, voltei ao médico para marcar a data e fazer o risco cirúrgico. Escolhi o Hospital da Unimed para operar, pois tinha boas referências de lá. Fiz todos os exames e estava tudo tranqüilo, cirurgia marcada, preparação psicológica a 1.000 por hora. Até que na véspera, recebo o telefonema da secretária do Dr. Jorge com a seguinte notícia:
- Vanessa sua cirurgia foi adiada porque o Dr. Jorge quebrou o dedo e não tem como operar!
Pensei: - Eu mereço!
Fiquei muito aflita, pois estava tudo preparado, mas aí você começa a pensar num monte de coisas: é sinal para não operar, algo vai dar errado, e se eu perder o prazo do convênio... É certo que tomei até floral para controlar a emoção e o medo. Nesse intervalo, minha cirurgia foi adiada mais um mês, o que resultou no ganho de alguns quilinhos por conta da ansiedade.

Passou rápido, e no dia 30 de outubro acordei já em jejum, tomei banho, li a Bíblia, despedi dos meus goldens, orei umas trocentas vezes a caminho do hospital. Cheguei lá, já estavam me esperando. Subi para o bloco cirúrgico e a enfermeira me mandou arrumar. Enquanto isso, recebi um telefonema da minha sogra cantando um hino cristão pra mim, tudo bem que quase desabei, mas fortaleci. Despedi da minha mãe sem muito apego para não me emocionar e fiquei esperando a anestesista vir falar comigo. Deu uma vontade de sair correndo dali, confesso.

Consultei a anestesista já no bloco cirúrgico e ela decidiu que eu tomaria a geral. O Dr. Jorge chegou me cumprimentou, perguntei se me deixaria linda, ele muito simpático afirmou: mais do que já é! Ele começou a marcar minhas mamas com a régua, conversamos bem descontraídos e depois deitei na mesa de cirurgia. Os médicos assistentes começaram a me preparar e a intrometida aqui resolveu perguntar pra um médico assistente: - Cirurgia de mama é simples, não é? Ele me respondeu: -A sua não vai ser não, pois é muito grande.

Toma papuda! Não entrei em pânico, fechei os olhos e pedi a Deus pela milionésima vez. Tudo preparado, olhei no relógio, marcava 8h30, e a anestesista fala comigo: - dá tchau para o dr. Jorge e respira fundo. Eu: -tchau dr. Jorgeeeeee... Vamos com Deus! – puff, apaguei!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Minha mamoplastia redutora pela Unimed - Parte 1


Parte I: até a perícia

Hoje vou começar a contar minha história que também é uma questão de peso. Para as meninas que têm o mesmo problema como eu “tinha”, só tenho um conselho a dar: corram atrás!

Desde quando menstruei pela primeira vez minhas mamas foram desenvolvendo junto. No meu caso, foi uma questão de genética, ou seja, herança da família do meu pai, ter seios grandes. Sempre sofri com isso. Nunca usava biquini, blusas de alcinha, para ter uma idéia, colocava maiô com sutiã por baixo, morria de vergonha de tirar a blusa na frente de alguém, fora a má postura, dor nas costas, furinho nos ombros e outros complexos que afetavam demais minha auto-estima. Como já fui magra e também gorda, sempre tive vontade de fazer a mamoplastia redutora.

Esse ano, após uma consulta com a ginecologista, ela me sugeriu tentar a plástica pelo plano de saúde, pois não seria estética, mas corretiva. Então, fui batalhar o cirurgião e uns “trocentos” médicos para alcançar meu objetivo. Minhas consultas foram decepcionantes, pois os cirurgiões comentavam que a Unimed nunca pagaria minha plástica porque o tamanho das mamas não influencia no problema da coluna. Doce engano! Quando estava quase desistindo e me convencendo que seria melhor pagar particular, fui a um último médico, quer dizer, o atual, e ele falou que minha cirurgia tinha que ser definitivamente pelo plano de saúde e que um perito tinha que me ver.

A primeira vez que fui solicitar uma perícia, o atendente me descartou de cara, falou que esse procedimento não constava no Rol da ANS. Fiquei indignada, mas não desisti. Na segunda vez, tentei pelo call center marcar a perícia. Falei com a atendente sobre um outro assunto e no final comentei que gostaria de fazer uma perícia para o caso de hipertrofia mamária mesmo sabendo que esse procedimento não seria autorizado. Ela falou: vamos tentar, então? Foi muito contraditório, porque a atendente era gente boa, mas e a questão do tratamento igual?

Após uns três dias, o departamento de autorizações da Unimed entrou em contato comigo para marcar a perícia. Eu sem saber o que levar, perguntei: o que é preciso? – Somente o laudo do ortopedista. A falta de informação foi tanta que não tinha nada preparado. Pedi um tempo para correr atrás e marcar a bendita perícia. Como foi muito corrido, eu fui ao Hospital Arapiara consultar com um ortopedista para fazer meu laudo, o que também foi muito decepcionante. Ele já chegou falando que nunca nenhum laudo dele foi aprovado pela Unimed, que eu deveria fazer a cirurgia, mas quando emagrecesse. Ele até fez o laudo pra mim, mas alegando somente problemas posturais. Falou que meu desvio na coluna era normal. Falando nisso, tenho que contar o milagre pra ele, que afinal nem foi mérito dele, mas pra ele não continuar desanimando outras candidatas à cirurgia!

No dia da perícia eu já nem tinha mais esperança alguma, quer dizer, estava esperando a negativa. Até que fui examinada primeiro pelo cirurgião plástico. Ele tirou minhas medidas, falou que minha mama direita era maior, que toda mulher tem isso, e que eu deveria aguardar pelo ortopedista. Foi tão rápido que já tinha certeza do não. Quando o ortopedista chegou na sala começou a conversar comigo e pediu que eu lhe contasse todos os meus problemas. Aí eu não esperei: desabafei tudo, botei pra fora, até chorei, tudo o que eu não tinha feito numa sessão de terapia, fiz na bendita perícia. Até falar que chegava à noite eu tinha vontade de tirar os peitos pra fora e jogar longe de tanto peso, eu falei.

Ele me acalmou e começou a me examinar. Só de me olhar, ele já viu a escoliose, pois um dos sinais é um ombro mais baixo do que o outro. Nem tive que tirar a blusa, ele já tinha se decidido. Primeiro, ele conversou comigo que eu teria que emagrecer, mesmo sendo depois da cirurgia. Depois ele falou que tinha que conversar com o cirurgião plástico, pois ele não entendia nada de plástica e me daria a resposta.

Fiquei aguardando, quando a atendente me chamou, me deu a guia e comentou: Parabéns, essa é sua senha de autorização e você tem 30 dias para operar!

Não segurei as lágrimas, meu sonho estava prestes a se realizar!
Ps: vou contar em partes pq senão o texto fica muito longo!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Ciúmes: tem coisa mais chata?

"O ciúme é aquela dor que dá quando percebemos que a pessoa amada pode ser feliz sem a gente". Assim definiu Rubem Alves esse sentimento que faz sofrer demais tanto quem tem quanto quem é o alvo.

Não tem coisa mais chata e desagradável que uma pessoa ter ciúmes de você. Quando a pessoa é ciumenta então, é muito difícil conviver com ela. Não sou ciumenta, nunca fui. Acho até que sou meio desligada. Claro que já senti ciúmes, mas aquele normal que não estraga um relacionamento. Afinal, quem ama sente ciúmes?

A pessoa ciumenta deve sofrer muito. Falo isso, porque além do namorado ou marido, ela tem ciúmes dos amigos, dos filhos, da mãe, do pai, dos irmãos, ou seja, de todos que a rodeiam. Deve ser doença mesmo. As vezes, leva até a morte!

Penso que tudo que se aperta demais, escorre pelos dedos. Ninguém está preso e é dono de ninguém, as pessoas são livres para estar com quem quiserem, ser amigo de quem quiser.

Portanto, ô ciumento, bota a mão na consciência e pára de querer prender quem é livre, de choramingar por amor, de ser inseguro. Ninguém suporta isso!

Ps: isso não é uma indireta, só se a carapuça servir! hehehehehe

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Valor à vida


Já escrevi aqui sobre o quanto amo a vida e você também já deve estar cansado de ler sobre isso. Sem querer ser redundante, mas sinto que preciso comentar o fato. Na verdade, estou passando por uma experiência que me faz ter certeza que a vida é o nosso maior bem. Todos os dias tenho contato com pessoas que passaram perto da morte e outras que estão tentando recuperar a saúde. Isso tem me feito refletir todas as horas o quanto é necessário agradecer a Deus por cada instante, cada momento.

Estou fazendo um tratamento para contribuir para a cicatrização de minha cirurgia e na clínica conheci várias pessoas que são um verdadeiro exemplo de vontade de viver e se curar. O meu caso é simples perante todos os que estão lá. Posso citar inúmeros, mas os que me chamam atenção são aqueles que não tinham esperança e hoje estão simplesmente vivos.

Tem um paciente, rapaz novo, que sofreu um acidente de caminhão na estrada, ficou preso nas ferragens e ele conta que naquele momento em que ele via a morte, as pessoas presentes só pensavam em roubar a carga do caminhão. Ele sofreu seis paradas cardíacas, hemorragia interna, fraturou todo o corpo e imagino que já deve ter passado por várias cirurgias. Ele disse que sua pressão sangüínea chegou a ficar 30/20 mmHg. Não precisa nem comentar o fato, não é mesmo? Foi milagre! Hoje ele tem algumas tatuagens em agradecimento a Deus. Achei interessante. A que mais me chamou atenção é a do braço esquerdo de fora a fora escrito: Obrigado Senhor!

O outro estava contando que além de sua doença genética nos ossos, ele ficou tetraplégico num acidente no mar. Ele estava pegando onda no RJ e de repente levou um capote (como ele mesmo disse) o que resultou na perda dos movimentos. Hoje ele se recuperou, mas se tornou cadeirante. Detalhe: ele está internado faz dois anos e ainda têm mais seis meses de tratamento pela frente. Pergunta se ele reclama... É o maior contador de piadas!

Fora aqueles pacientes idosos que o pé diabético não cicatriza, os que foram amputados, as que sofreram acidente de moto e tiveram membros esmagados, o que perdeu a mão quando 13 toneladas caíram nela num acidente de trabalho. Então, você já imagina a minha experiência e sabe a razão pela qual estou escrevendo isso.

Tem o caso de uma senhora também, que antes ela só ficava deitada na maca, super desanimada. Ela começou a melhorar quando o marido foi visitá-la, aí ficou até mais conversadinha! rsrs Mas, depois ela me contou que está há 1 mês e meio no hospital e não tem filhos legítimos, isto é, casou com o atual quando ele já tinha 13 filhos. Ela diz que os que eram pequenos na época, ela criou e eles têm muito carinho por ela, mas os que eram adolescentes nem ligam pra ela hoje. Puxa! Fiquei super triste em saber disso! Mas ela está melhorando, graças a Deus!

Sabe, pode até parecer engraçado para quem gosta de humor negro ou trágico demais para alguns, mas é real! Não sei se vou conseguir expressar nesse texto como tenho me sentido ultimamente. Só tenho pensado muito. Minha prioridade daqui pra frente será a saúde, além de claro servir a Deus com todas as minhas forças, demonstrar o quanto amo minha família, meus amigos e procurar ser útil a todas as pessoas que precisarem de mim. Não importa se eu esteja ocupada demais com o trabalho, com a casa, sei lá, mas sempre vou ter tempo para quem precisar, nem que seja para dar um telefonema...

Nos momentos difíceis, você aprende muito mais, conhece quem verdadeiramente é seu amigo e lhe quer bem. Tiro uma grande lição disso tudo: o valor à vida!

sábado, 8 de novembro de 2008

Período de Recuperação

Estou tirando esses dias para me recuperar de uma cirurgia de grande porte. Estou quietinha no meu canto, descansando, pensando e contando com o apoio e carinho dos meus familiares e amigos.
É muito bom passar por tudo isso e sempre saber que Deus está comigo. A minha vitória foi encarar meu medo e continuar firme até o final.

Enquanto isso, pedi a Cristo para me pegar no colo e me dar o Teu consolo e a Tua paz para que eu tenha uma boa recuperação.

Nesse momento em que tenho que ficar mais tranqüila aproveito para pensar na minha vida, conversar com Deus sobre suas maravilhas, reavaliar minhas atitudes e traçar novos planos para o futuro. De tudo que vivo tento extrair alguma lição, e confesso que essa é a da paciência e confiança!
Puxa, nunca pensei que é super importante desacelerar o ritmo da vida e parar para pensar que podemos ter qualquer problema, mas se não tivermos saúde não somos nada! A saúde é sempre em primeiro lugar, viu!!! Não que eu esteja com problema de saúde, pelo contrário, mas só alerto a todos que acham que são de ferro ; - )

Agradeço a todos que oraram por mim, lembraram e deram forças nesse momento. Nunca esquecerei!

Quando estiver totalmente recuperada estarei muito feliz, porque por enquanto estou é aliviada!!! rsrsrs

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O medo

Quem nunca sentiu medo que atire a primeira pedra!
Hoje estava refletindo sobre o medo e percebi que permito que ele venha pelo simples fato de não conhecer a situação pela qual vou passar. É claro que existem medos de animais, ver sangue, elevador, essa coisas, mas não é disso que vou falar.
Confesso que estou com um tipo de medo que se relaciona ao perder o controle sobre mim. Isso é ruim porque causa uma insegurança enorme. Mas, ao parar para pensar, percebi que pode ser normal essa sensação e muito mais humana. Acredito que não existiria a coragem se não fosse o medo. Os verdadeiros corajosos são aqueles que enfrentam seus medos de frente e não desistem de passar por situações que os assombram.
Bom, quem me conhece sabe o verdadeiro motivo pelo qual escrevo. Quem não me conhece pode se identificar com o que sinto. A questão é que as pessoas mesmo com quem você convive não entendem bem. Falo isso porque não tem coisa pior do que você contar a uma pessoa que está com medo e ela te menosprezar tipo: - que bobagem! Frescura sua! E no fundo pensam que você é um fraco.

Por favor, quando um amigo seu falar que está com medo dê ouvidos e tente encorajá-lo! Não faça pouco caso! Mas também não faça com que isso se torne o assunto mais importante do dia! Seja apenas companheiro e incentive a pessoa a passar pela situação que tanto está lhe dando frio na barriga.

Afinal, o medo pode ser vencido e se você tem apoio dos seus amigos e familiares fica mais fácil ainda. Pelo amor de Deus, não estou reclamando da falta de apoio, por incrível que pareça, tenho recebido muito e por isso estou super confiante!
Só quero mesmo deixar registrado que o medo é super normal, faz parte da nossa vida e os verdadeiros corajosos são os que passam por cima dele! Fé em Deus e pé na tábua! O medo virá, mas ele vai embora se você encará-lo!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Agradeço!



Hoje eu escrevo para agradecer a Deus!
Quando a gente acha que nossa vida está parada, no marasmo, nada de novo, nada de bom, não é verdade. Tudo pode acontecer a qualquer momento. Deus sabe de todas as coisas!
Tudo tem seu tempo. Aliás, já reparou que nada acontece quando a gente espera e nada é como a gente imagina? E que no final tudo dá certo?
Bom, pelo menos é o que tenho experimentado durante toda minha vida. Deus me abençoa ricamente, de maneira simples, nas pequenas coisas, mas posso sentir o cuidado d’Ele para comigo. Meu coração enche tanto só de pensar no que Ele tem pra minha vida.
Fiz um exercício de personalidade na terapia e a característica que mais me sobressai é a simplicidade! Quem me conhece pode ver que é verdade. Gosto de um certo requinte em algumas coisas, mas sou simples. Esse requinte é só para colorir a vida! E percebi que Deus também me mantém com uma vida simples e como é bom!
Só deixo registrado minha imensa e eterna gratidão e a necessidade de louvar as maravilhas divinas! Para quem não se sente abençoado, pense mais um pouco, pare de reclamar e repare nos pequenos detalhes dessa vida, que é o nosso único bem e é tão frágil assim como uma simples bolinha de sabão!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Desmaio ao ver sangue

Fico muito incomodada quando vou tirar sangue, porque se viro pro lado e vejo sem querer o tubinho; já era: a pressão cai e desmaio na hora. Não consigo me controlar, queria ser mais forte, mas é praticamente impossível. Então, procurando na net, achei essa reportagem sobre o assunto e entendi a explicação. A reação do desmaio é praticamente uma questão de sobrevivência. rsrsrs Adorei!

A evolução do desmaio
Por que algumas pessoas perdem os sentidos quando vêem sangue? Segundo pesquisas o que hoje parece inconveniente na verdade é um mecanismo ancestral de sobrevivência


Assim que a faca do professor começa a dissecar a pele do cadáver, a estudante de medicina desmaia. Seus colegas sentem pena, pensam que ela é frágil demais para ser médica. Mas eles estão equivocados: o problema da aluna não é fragilidade. Pessoas saudáveis que desmaiam ao ver algumas gotas de sangue revelam uma estratégia de sobrevivência, não a incapacidade de suportar circunstâncias desagradáveis da vida. Trata-se de um mecanismo de adaptação inscrito nesses indivíduos pela evolução.
Durante muito tempo os médicos acreditaram que esse comportamento teria origem psíquica, isto é, seria induzido por emoções, já que não se observa causa orgânica alguma: o eletroencefalograma (EEG) parece normal; os batimentos cardíacos e a pressão arterial estão apenas um pouco elevados; o eletrocardiograma (ECG) mostra que o coração funciona como deveria.
Pesquisas recentes, entretanto, mostram que nem todo desmaio tem origem psicológica. Nesses casos, o ritmo cardíaco torna-se mais lento, quase imperceptível; a pressão arterial é extremamente baixa, ficando, às vezes, abaixo do limiar de detecção do instrumento de medida. Ao recobrar a consciência, essas variáveis voltam rapidamente ao normal. Poucos minutos depois, a pessoa já pode ficar em pé. Tudo indica que ela teve um colapso circulatório temporário, ainda que grave − o termo médico para tal ocorrência é síncope. A perda de consciência resulta, claramente, de processos físicos que, do ponto de vista evolutivo, parecem fazer sentido.
A pessoa desmaia quando o sistema parassimpático ordena a redução do batimento cardíaco, diminuindo o fluxo sangüíneo para os órgãos. É a chamada síncope vasovagal: ocorre perda de consciência (síncope), pois os vasos (do latim “vasa”) se dilatam e o nervo vago reduz a atividade cardíaca.
Leia mais:

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Líquido durante as refeições.... Sim ou Não?

Muitos têm dúvidas sobre o assunto e pra mim é praticamente um desafio deixar de tomar minha coca-cola nas refeições! Então coloco um incentivo pra quem é assim também! E viva a saúde!!!
Evite!
Mais que em qualquer outra época, manter a boa forma é a imposição do momento, não apenas pelos apelos estéticos da mídia, mas, principalmente, pela preocupação de manter a saúde por muitos e muitos anos. O hábito de beber líquidos, durante as refeições, é bastante recente, pois, na época de nossas avós, bebidas extras na mesa somente em datas especiais, como festas de aniversário, Natal e Ano Novo.
Será que a ingestão de sucos, refrigerantes e água, enquanto nos alimentamos, pode prejudicar a saúde e acrescentar novas medidas à nossa cintura? Atenção: nutricionistas avisam que o aumento da barriga é conseqüência, sim, das calorias que ingerimos. Assim, o líquido ingerido, durante as refeições, pode causar uma dilatação passageira do estômago, que, então, pode passar a armazenar mais líquido, aumentando o abdome. Com o estômago dilatado, aumenta a capacidade de ingestão do alimento, ou seja, a chance de você comer um pouco mais da conta está próxima de acontecer.
Outro porém: ao beber qualquer tipo de líquido durante uma refeição, a acidez gástrica pode sofrer alterações, prejudicando a absorção natural dos alimentos e, até mesmo, o aproveitamento de diversas vitaminas e dos sais minerais. Quando há comprometimento do processo de digestão, os carboidratos ingeridos sofrem fermentação e pode ocorrer um acúmulo de gases. A sensação de distensão abdominal está, então, caracterizada, de fato.
Especialistas recomendam a ingestão de água antes das refeições, e não durante o consumo de alimentos. Agindo dessa maneira, você facilita a eliminação rápida do líquido do estômago, permitindo que a acidez gástrica retorne ao normal.
Lembre-se que a região abdominal é aquela que apresenta maior facilidade para o acúmulo de gordura, liberada de alimentos calóricos consumidos em excesso. Fique atento: muitas vezes, a sensação de sede pode ser confundida com a de fome. Quando a necessidade de líquido é satisfeita, o apetite será proporcional à necessidade de alimentos, ou seja, os riscos de comer compulsivamente estão descartados.
Vai aí um conselho de nutricionistas: se você não conseguir sentar-se à mesa sem um copo ao lado de seu prato, prefira consumir sucos de frutas cítricas. Está comprovado que a vitamina C facilita a absorção de ferro, presente nas folhas verdes e nos grãos, como feijão, lentilha, grão-de-bico, soja, ervilha.
Fonte: Programa Supera

domingo, 14 de setembro de 2008

Aos queridos primos-amigos






Já escrevi diversas vezes sobre amizade aqui. Aproveito mais uma vez para fazer de novo. Neste momento, meu sentimento é só de agradecimento aos amigos, principalmente aqueles especiais que fazem parte também da minha família. Acho que o carinho e o zelo que temos um pelo outro é mais intenso pela questão do sangue e da convivência mesmo. Impressionante!

Cada amigo tem um lugar especial no nosso coração. Muitas vezes, já torci para ter uma melhor amiga igual aquela que a gente tinha na época da adolescência. Depois percebi que ela foi substituída pela cumplicidade do companheiro e a presença aleatória de novas amigas. Os amigos seguem outros caminhos e mesmo assim não deixamos de ser amigos!

Foi o que aconteceu comigo. Quando ainda era criança, meninota sapeca, minha prima, muito querida, gostava de me adotar no período das férias. Como era bom! Marcou muito minha infância! Ela cuidava de mim igual uma bonequinha. Fazia pudim, que eu amo de paixão e (sem querer puxar-saco é o melhor que já comi), fazia penteado, levava ao cinema, clube, shopping, alugava filmes da Xuxa, contava histórias, jogava buraco, enfim, me divertia bastante naquela época. Aprendi muito com ela! Quando me tornei adolescente a diferença de idade influenciou, e como todo adolescente não tem juízo, a gente se afastou, mas foi natural. O carinho nunca ficou distante.

Agora que nos “reencontramos” quando caminhamos pela vida com momentos ora coloridos, ora doídos, o que ficou lá atrás veio à tona como forma de cumplicidade, alma leve e o prazer da companhia. O melhor que não foi só uma prima-amiga que ganhei, existem outros que conquistei, porque além de primo, é amigo. Teve uma que veio como um raro presente: a namorada de um primo, que considero membro da família há um tempo, mas por ocasiões do destino só aproximamos agora. E o melhor: nos identificamos muito.

Deixo registrado aqui todo carinho, amor, admiração e respeito que tenho por esses amigos. As pessoas passam na nossa vida e sempre deixam algo que marca, umas mais, outras nem tanto. E essa fase que vivo hoje, levo como parte da minha história, quando na infância o laço começou a ser feito e está mais forte agora. Marcar, eles já marcaram demais. E não adianta esconder, os laços são fortes pelo mesmo fator traçado na nossa vida que nos uniu: a família.

Não queria ser piegas, mas quando se trata de amigos acho que é meio impossível, não? Afinal, como diria a canção: amigo é coisa pra se guardar...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A música da Literatura

Ontem, o Rubem Alves foi a Contagem falar sobre leitura. Aproveitei para conversar um pouquinho como leitora de seus livros. Gostei muito. Vou colocar abaixo a matéria que fiz para a Prefeitura (bem institucional, ainda não foi editada) rs, depois faço a minha versão pessoal! rsrsrs
Rubem Alves incentiva educadores de Contagem a ensinar a música da Literatura
“Nossos jovens não têm o hábito de ler porque nunca ouviram a música da Literatura”, afirmou o professor Rubem Alves, na sua vinda a Contagem, no dia 10 de setembro. Mais de 800 educadores do município puderam compartilhar com o autor mineiro experiências dos ensinamentos nada burocráticos sobre leitura, conforme ele próprio define. Rubem se diz impressionado com o programa de leitura desenvolvido na Rede Municipal de Ensino, mas para ele, as escolas são culpadas pelo fato dos alunos não gostarem de ler, pois obrigam a lerem livros que não querem. Ao contrário, Rubem sugere que os professores deveriam proporcionar que as crianças e adolescentes primeiro ouçam a leitura para descobrir sua própria música.

A palestra ministrada pelo professor, em parceria com a Editora Paulus, faz parte do Programa de Leitura Além das Letras desenvolvido nas escolas municipais de Contagem. Rubem Alves nasceu em Dores da Boa Esperança, sul de Minas Gerais. Tem 75 anos, três filhos e cinco netas. É Bacharel em Teologia, doutor em Filosofia, psicanalista e professor emérito da Unicamp. São mais de 50 títulos publicados para leitores entre adultos e crianças.

Conhecido como crítico do sistema de ensino brasileiro, ele deixou seu recado quando garantiu que não existe maneira de ensinar alguém a gostar de ler, pois a Literatura não serve para despertar a consciência crítica, mas simplesmente para o deleite e o prazer de entrar num mundo imaginário. “Toda criança e adolescente tem o direito de não ler o livro que não quer. Se eles são obrigados a ler e ainda são cobrados pelas escolas tomam raiva do livro. Não é possível ensiná-los a desenvolver o hábito de leitura, se eles não criarem o amor pela Literatura”, afirmou.

Rubem explica que para ler é preciso alienação para entrar no mundo da estória e o próprio livro é encarregado de seduzir o leitor para que este o devore. Ele também afirma que os melhores livros são aqueles que merecem ser relidos. “Para levar os jovens ao mundo da Literatura é preciso ser fiel a eles e dizer não aos burocratas. Burocratas são aqueles que exigem fichamento do livro, que o aluno mal faz, seguem o diário na ponta da caneta, obrigam os alunos a lerem livros chatíssimos de história da França, por exemplo, e depois cobram na prova cada detalhe insignificante, entre outros exemplos”, afirmou.

Ao finalizar a palestra, Rubem incentivou os professores a burlar a burocracia. “Os burocratas não merecem sua verdade e não vão fazer nada com ela, nosso compromisso é com o aprendizado dos nossos jovens, vamos manter a fidelidade a eles e mostrar a música da Literatura. Eu sei que temos autoridades presentes e temos que respeitar, mas me desculpem, na minha idade posso falar o quero, e quero incentivar os educadores”, concluiu. Foi aplaudido de pé, inclusive pelas autoridades.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Remédio para tratar obesidade

A obesidade é vista como doença há pouco tempo. Antes, achavam que ser gordo era por pura preguiça e desleixo mesmo. Só Deus e um gordinho sabem como é difícil emagrecer e mais ainda ser gordo.

Numa consulta à endocrinologista, ela me fez pensar em algo que nunca tinha analisado: a ciência tem que descobrir um medicamento para tratar obesidade para o resto da vida, assim como diabetes, pressão alta, doenças endócrinas, entre outras que precisam de remédios diários e “eternos”. Se obesidade é doença também tem que ter remédio não é mesmo? Porque o mais difícil mesmo, confesso que é manter o peso.

Os medicamentos que existem no mercado não são definitivos e causam efeitos colaterais que chegam a ser intoleráveis. A nova promessa é o Acomplia, a pílula antibarriga, que bloqueia a sensação de prazer ao comer um doce, ou aquela vontade de devorar a comida. Ainda promete reduzir a gordura intra-abdominal e melhorar os índices de glicemia, colesterol e triglicérides. Portanto, ele não pode ser usado por pessoas com histórico de depressão, pois “tende a dar um baixo-astral”. Ainda não é a solução para a obesidade, é um medicamento novo no mundo e no Brasil, não se sabe ainda por quanto tempo pode ser usado. Tem apresentado bons resultados. É claro que tem aquela velha história: deve ser associado à reeducação alimentar e exercícios físicos, afinal, milagre remédio não faz, só Deus mesmo!

Quem está tomando Acomplia pode me contar o resultado?

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Dia Nacional de Combate ao Fumo

Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Por mais que o país entre nessa onda de combate ao cigarro, ainda vejo muitas pessoas fumando ao sair na noite, principalmente jovens. O cigarro é horrível todos conhecemos seus malefícios, então como as pessoas insistem no vício? A resposta é simples, cigarro é droga.

Já ouvi fumantes falarem que o cigarro é o companheiro de todas as horas, nunca te deixa na mão. Acaba com a ansiedade, dá a sensação de prazer, mas que prazer é esse se é preciso ir se matando para tê-lo? Os jovens não se importam em fumar agora porque só irão sentir os efeitos mais tarde. Mesmo assim vale a pena continuar?

Ontem estava indo ao médico, e dentro do elevador estava uma médica de jaleco com um cigarro e isqueiro na mão para acender. Fiquei olhando aquilo e pensei: que falta de credibilidade, uma médica fumante. Pode até parecer preconceito, mas gente, ela trabalha com a saúde, pela saúde, e vai acabar com a sua própria saúde? Quando ela desceu alguns comentaram o fato. A ascensorista justificou a atitude da médica: - É o vício. Não tem jeito! (Com certeza ela também era fumante.)

Nesse dia, deixo minha contribuição de quem está militante na luta contra o cigarro. Vamos parar gente! Sei que é difícil, mas tudo nessa vida tem que ter força de vontade. E estar disposto a morrer de falta de ar ou com doenças piores por momentos curtos de prazer é não dar valor à vida.

Nota: Ser um fumante passivo e conviver com o cheiro de quem fuma e também ficar fedendo é a pior coisa do mundo. E ainda correr o mesmo risco de contrair doenças relacionadas ao fumo. Aff...

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A danada da auto-estima


Sempre descubro algo que me faz refletir conversando com amigas! E essa semana foi a respeito da auto-estima. Estou trabalhando na terapia para aumentar esse fator tão essencial, principalmente para nós mulheres. Estou conseguindo bons resultados. O mais curioso é que conversando com umas amigas que têm o corpo bonito, são resolvidas profissionalmente, têm namorado, enfim, levam uma vida que eu chamaria de normal, me confessaram ter auto-estima baixa. Fiquei surpresa! Pensei: é lógico que esse fator não envolve somente quem tem problemas relacionados ao peso.

Indo mais a fundo, comecei a refletir como pode ser formada a auto-estima de alguém. Não sou psicóloga, muito menos especialista no assunto, mas arrisco a falar que começa na infância. Muitas vezes, como somos tratados pelos nossos familiares, ou por nossos coleguinhas, pelo professor, entre outras pessoas que exercem influência na nossa vida, pode afetar na formação da opinião que teremos de nós mesmos. As comparações feitas pelos adultos entre as crianças, por exemplo, fulaninho faz isso e você não, o medo de decepcionar nossos pais e a necessidade de chamar a atenção em tudo, envolve a formação da auto-estima. Foi no berço que comecei a despertá-la, mas não consegui assimilar algum processo no desenvolvimento, como ser uma adolescente com oscilação de peso na época da ditadura da magreza, e isso me prejudicou bastante.

Trabalho para aumentar minha auto-estima porque a vida fica mais bonita e mais feliz quando a gente se ama do jeitinho que a gente é. Não ficamos inseguros, tímidos, ou nos sentindo inferiores. Pelo contrário, ficamos ousados, seguros e até mais sensuais. Deve ser muito bom ter a auto-estima lá em cima. Caminho para isso. Todos os dias olho no espelho e faço o exercício: você é linda, eu amo você, você é especial, você nasceu pra ser feliz. Pode até parecer bobo, mas que tem me ajudado muito, isso tem. Até as pessoas começam a perceber que você está diferente, acham que cortou o cabelo, emagreceu, ou está apaixonada. Melhor do que botar pra fora o bem que fazemos a nós mesmos é impossível! Como diz o velho ditado: se a gente não gostar da gente mesmo, quem vai gostar?

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Clube da Luluzinha


Estava num restaurante japonês com minhas amigas conversando sobre as diferenças entre homens e mulheres. A Andréa começou a falar que nós mulheres deveríamos ser mais unidas e ter mais programas juntas, assim como os homens. É o seguinte: os homens têm dias reservados na semana para se reunir, por exemplo, tem o dia do futebol, de tomar cerveja no boteco, ir ao clube freqüentar a sauna, jogar truco, fazer um churrasquinho, ou seja, o que for. Já as mulheres raramente conseguem se encontrar durante pelo menos uma vez na semana por muito tempo. A Andréa tem razão!

Formar o Clube da Luluzinha é muito difícil para nós mulheres. Talvez dê para escrever uma tese sobre os motivos disso. Podemos até tentar formar o clube do livro, da culinária, das solteiras, das mães de família, entre outros, mas os compromissos sempre nos fazem deixar de lado o encontro freqüente com as amigas.

Eu bem que tentei ter um clube da Luluzinha, jogava buraco toda terça-feira com umas colegas, mas tive que parar, joguei vôlei por alguns meses, também parei, tentei montar um grupo de estudo, também não foi pra frente, vamos ver se ainda vai... Sempre tentei formar esse famoso clube, mas acaba não engatando, alguém começa a furar e as outras desanimam. Agora, eu tento reunir com as amigas pelo menos uma vez por mês para deliciar uma comida japonesa regada a muito papo. Mesmo assim não chega nem perto do sagrado futebol.

Enfim, mulheres amigas vamos montar um clube? Papo eu tenho certeza que não vai faltar, só não pode faltar você!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Como saber que os filhos cresceram?

Mamãe eu cresci! rsrsrsrsrs

Essa é a pergunta que faço para algumas mães que não admitem os filhos se tornarem independentes e seguirem o próprio caminho. Tudo bem que mãe é mãe e ela sempre vai se preocupar em cuidar dos filhos, querer o bem, porque o amor é incondicional. Acontece que não questiono essa mãe, pois é natural. Questiono aquelas que não sabem lidar com a situação, tentando controlar a vida dos filhos, se tornando uma relação doentia, que prejudica a todos ao redor.

Minha mãe sempre me criou independente dela, porque ela mesma sempre foi muito colada (dependente) com a minha avó. Nossa relação hoje é de amizade, ela é minha melhor amiga, não porque ela quer controlar minha vida, mas porque está ao meu lado, me deixando viver.

Inúmeros são os filhos que se tornam arrimo de família porque a própria mãe projeta a vida dela neles. Complicado isso, não? Muitas vezes o marido é omisso, o casamento não anda bem, e os filhos têm que preencher essa lacuna de alguma forma. Sempre ouvi dizer que temos que criar os filhos para o mundo. Tudo bem! Acredito que isso quer dizer que devemos deixá-los se virar para crescerem ativos e responsáveis, não inconseqüentes como aqueles que têm tudo na mão e não dão valor.

Há também aquelas situações em que a mãe cobra que sempre se dedicou ao filho e agora que ele cresceu não liga mais pra ela, porque prefere sair com os amigos e namorar. Sempre é hora de parar pra pensar no que é ser uma boa mãe, no que é dar uma boa educação. Ao ser mãe, imagino que há entrega, doação e dedicação aos bebês e as crianças que precisam dos cuidados maternos. Portanto, ao crescerem, será diferente porque eles começam a ter necessidade de seguir em frente, com seus próprios desejos. Então é hora de ficar ao lado, oferecendo apoio, confiando no que foi ensinado a eles e rezando para que Deus guarde. A mãe sempre terá o espaço permanente no coração de cada filho, isso ninguém tira, só ela própria. O importante é aceitar isso, enxergando que os filhos crescem!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Dizer a verdade a um amigo?


Estava pensando outro dia a respeito da amizade. Então, considero que perante um amigo a gente sempre deve falar a verdade, por mais nua e crua que ela seja. Se for para criticar, alertar, machucar, enfim, amigo também é pra essas horas, pra chamar de volta a realidade, ao mundo sujo que a gente vive.

Fiquei lembrando de uma amiga que está meio distante de mim porque falei umas verdades. Não sei se fui cruel, ou se agi certo. O tempo vai dizer. Mas estou refletindo se deveria ser honesta mesmo com ela. A verdade dói, eu concluí.

Não perderei essa característica de falar o que penso para minhas amigas. É certo que as vezes preciso de um tempo para pensar, e depois digo a verdade. Também tem horas que falta coragem.

E você? Tem sido honesto(a) com seus amigos?

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Tabela de idade do seu cão



Os cães têm um padrão de idade muito diferente dos seres humanos. Quando vivem muito, chegam a completar 15, 16 anos.

Navegando pela net, achei essa tabela que fala qual idade o cãozinho tem. O Bono está com 24 anos e Bebella está na adolescência. Achei super divertido!

É claro que essa tabela varia de raça para raça, pois ao comprar seu filhote, você saberá qual é a expectativa de vida da raça, e aí sim, poderá compará-lo pela tabela.
Segundo os veterinários e criadores, as raças maiores vivem menos que as raças menores, mas a diferença não é tão grande assim.

Confere aí:

Quando ele está com: Na verdade tem:

03 meses .............................................. 05 anos
06 meses............................................... 10 anos
01 ano.................................................... 15 anos
02 anos.................................................. 24 anos
03 anos.................................................. 28 anos
05 anos.................................................. 36 anos
06 anos.................................................. 40 anos
07 anos.................................................. 44 anos
08 anos.................................................. 48 anos
09 anos.................................................. 52 anos
10 anos.................................................. 56 anos
12 anos.................................................. 64 anos
14 anos.................................................. 72 anos
16 anos.................................................. 81 anos
18 anos.................................................. 91 anos
20 anos................................................. 101 anos

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Viajar no presente e no passado


Viajar é sempre bom. Conhecer lugares novos, pensar na vida, curtir o amor, encontrar a paz interior, sentir a brisa do vento acariciando o rosto, tirar fotos legais para registrar o momento. O mais gostoso de pegar estrada é ouvir aquela música que te inspira, pensar em você mesmo e nos projetos que pretende realizar, agradecer a Deus pelo momento e lembrar-se das pessoas que ama com uma saudade gostosa. A viagem que era pra ser cansativa acaba se tornando um momento íntimo com um sabor especial de esperança.

Lembro-me de quando era criança, ao viajar com meus pais, ia no carro pensando no futuro, suspirava ao imaginar quem seria o meu amado, será que ele estaria me esperando? Tudo tinha um cheiro específico para cada sentimento, é engraçado lembrar isso. Pintava aquela ansiedade boa de como seria o lugar, o elemento surpresa era o clímax do passeio, na imaginação vinham as histórias românticas, cada uma para um lugar especial como a praia, o campo, a cidade do interior. Tudo tinha uma magia.

Hoje, a magia é diferente. Quero registrar tudo, desbravar o lugar, aproveitar o momento de forma mais intensa e tudo acaba passando mais rápido. A essência é a mesma, porém tenho outro olhar quando conheço lugares novos. Dá uma saudade de ser criança, estar com o papai, com a mamãe! Hoje é raro viajar assim juntos, cada um tem um compromisso diferente. Aí a gente fica imaginando se eles estivessem lá!

A volta também é uma das melhores partes. Assim como a ânsia é de chegar, também é de voltar. Matar a saudade da família, dos amigos, e dos cães. É uma festa quando chegamos. No outro dia, a vida segue a rotina, os compromissos aparecem e a viagem fica na lembrança, saudosista, com gostinho de quero mais!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Perfil

Atualizando...

Lei Seca: mais do que na hora resolveram tentar acabar com a violência no trânsito. Há quem ache severa, há quem concorde. Como tudo nesse país tem que ser na marra mesmo, os brasileiros só irão cooperar porque vai haver fiscalização intensa, mesmo assim, muitos ainda perderão a carteira, pode ter certeza.

Sex and the City: Um filminho para ver com a amiga. Não leve seu namorado, ele não irá suportar! rs. A lição que tirei é a de que amigas são coisas para se guardar no lado esquerdo do peito. Você sempre vai precisar delas. A outra é a de que mulher quando ama sempre perdoa. Nada de novo até então, o que valeu mesmo foi o prazer de ir ao cineminha acompanhada da minha amiga Lê, em Sampa.

Francal: Coleção Primavera Verão 2008 de calçados numa das maiores feiras da América Latina. Amanhã eu te conto os detalhes da moda!

Férias: nada como ser servidora pública e poder gozar de 30 dias corridos. Muita gente me crucificou porque estou gozando a vida mesmo, mas desculpem, passar em concurso tem suas vantagens!

Livro: A Cruz de Hitler
Comida: qualquer caldo nesse tempinho frio!
Bebida: continua sendo a coca-cola
Dieta: estou de férias!!!
Trabalho: light
Agradecimentos: a minha amiga do peito pela recepção impecável na sua casa!

Beijos a todos! rs.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Má fé do jornalismo



A Operação João de Barro da Polícia Federal movimentou os corredores da Prefeitura de Contagem, na última sexta-feira, 20 de junho. Os agentes chegaram cedo, fecharam alguns setores, impedindo os servidores de entrarem no local de trabalho provisoriamente. A notícia espalhou rápido atraindo todos os veículos de comunicação do estado e alguns aproveitadores da situação, óbvio. O fato mais surpreendente foi a especulação dos jornalistas e o burburinho gerado nos bastidores da operação local, dando oportunidade para o pulo do gato e a falta de sensatez dos jornalistas.

Num local onde ninguém queria falar oficialmente, quem não tinha nada a ver com o assunto aproveitou a oportunidade. Uma ex-servidora (cargo comissionado) e um vereador da oposição foram ouvidos pela imprensa e ganharam espaço, mesmo sem conhecerem o contexto do episódio. Pelo menos em dois veículos de comunicação, uma TV e um jornal impresso, eles ganharam alguns segundos e um parágrafo de fama.

A ex-servidora acusa a administração municipal de superfaturar licitações e obras. Argumentou que tinha documentos comprovando a fraude em sua casa, mas a única prova que apresentou foi uma denúncia que fez ao Ministério Público, o que qualquer cidadão comum pode fazer. Portanto, até o presente momento, o município não recebeu nenhuma diligência do MP. Ela falou com a imprensa que já tinha avisado a prefeita que isso iria acontecer. E a imprensa deu ouvidos.

Agora, questiono a posição dos amigos jornalistas: por que dar espaço a uma denúncia sem provas? Uma acusação sem fundamentos, porque falar não basta, é preciso ter provas, como em todo crime. O jornal pelo menos questionou o governo, que negou as acusações, mas a TV já soltou as imagens sem nem ouvir o outro lado. O pior de tudo é que as acusações feitas pela fonte, não tem nada haver com os recursos do PAC (alvo da investigação), que a prefeitura ainda nem recebeu. Deu a entender que ela fez a denúncia e por isso a polícia federal foi investigar. Grande ilusão.

Não defendo a prefeitura, muito menos a ex-servidora. Só faço meu papel como jornalista. É por isso que casos absurdos ficam em evidência na mídia (alguém se lembra da Escola Base?), pela incompetência de certos profissionais e o desejo de vender notícia ruim.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Efeito contrário



Alguém já reparou que demoramos mais tempo para engordar do que para emagrecer? Quando uma pessoa faz uma dieta de restrição calórica, chega a emagrecer no mínimo 4kg por mês. Dá para ter resultados de até 3 kg por semana no início da dieta. Mas, é claro que emagrecer é bem mais difícil do que engordar!

Agora, engordar é um processo mais lento, na média de 2 a 3kg por mês. Lógico que depende do organismo e metabolismo de cada um e da quantidade de calorias que são ingeridas. Mas, já notou que demoramos a perceber que engordamos muito? Quando reparamos o prejuízo já está feito. Quem conhece o próprio corpo sabe que na maioria das vezes é assim que funciona. Tudo bem que se você exagerar numa semana vai ganhar uns quilinhos, mas eles somem se voltar a rotina normal e fizer exercícios.

Pode haver exceções para essa regra, mas observa bem e veja se tenho razão! O problema é que as coisas começam a tomar proporção na nossa vida quando estão em excesso! rsrsrsrsrs

Estranha contradição...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Bodas de Ouro


Passaram as Bodas de Ouro. Foram 50 anos de casamento, muitas histórias para contar e o amor para celebrar. A vida não foi nada fácil. Naquela época, as donzelas eram legítimas, moça de família não era namoradeira. O rapaz tinha de ser trabalhador e honesto, bastava para formar o legado. Assim, casaram-se, ela se fez professora e mãe, ele marceneiro, construiu a casa. Cinco filhos criados, três netos também. A carreira eles completaram com fé e ainda batalham.

Em poucas palavras dá para contar essa história, mas que também é rica em detalhes. A reflexão proponho agora. Eles estão idosos, a diferença de idade é grande. Ela ainda é voraz, ele nem tanto, mas graças a Deus, está firme e forte. Na vida deles tudo foi normal, sem tragédias, foram felizes, amaram-se, acredito. O período atual comprova que se aturam. Criados num tempo em que divórcio é pecado, nem foi preciso. Chamo ela de santa, por agüentar os desatinos dele. É normal na idade, mas acentuados foram seus defeitos, quer dizer, apenas alguns.

Engraçados são os fatos, ela é muito paciente, xinga na frente dele, mas na nossa dá boas risadas. Ele tem suas manias, se tornou hipocondríaco, dorme às 20h em ponto e roga praga porque acorda às 4h. Agora, faz as contas? Ele dorme 8h por noite, então pra que ir dormir tão cedo? Ele busca o pão, é o primeiro do dia a entrar na padaria. Toma uma cachacinha na hora do almoço, mas não abusa. Chora ao ver os filmes na TV, conta histórias da mocidade, assiste à missa todos os dias, mas esconde a manteiga da diarista, pois ela só pode comer pão com margarina, alguém entende? Outro dia quase morreu porque teve que ser o último a servir o almoço, ainda lamentou que ninguém mais respeita o chefe da casa. Até hoje ele tem ciúme da amada, se eles recebem um hóspede, ele já reclama da atenção dela. Se ela vai à igreja, é uma beata. Se encontra com as amigas, deve ter véio na parada!

Ele num sai mais de casa. Fala que não dá conta. Ela viaja pra tudo quanto é lugar. Tantas são as diferenças! O casamento resiste e vai resistir até o fim. Não sei quanto aos sentimentos dos dois. Vejo que é difícil a convivência. E por todos esses anos juntos, vale a pena preservar essa história. A paixão existiu, a decepção também. Só eles podem contar o que sentiram e o que sentem agora. O bonito é ver que não se odeiam, mas se toleram!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

“Oscar” e criatividade para o Mundo do Crime


Hoje estava lendo essa crítica que escrevi quando estava na faculdade, no sexto período, em 2004. Achei interessante como as coisas fluem. Confere aí:

Criatividade: palavra-chave para se definir um substantivo, que virou necessidade entre as qualidades para se sobressair aos demais, nesse mundo abarrotado, sem ser leviano. Quem não é criativo, não dá nada na vida, mas, ser criativo, também não significa ser alguém admirável.

Falo isso, comprovando com as manchetes dos jornais: uma quadrilha foi presa, acusada de roubar bancos, há quatro anos, em Minas. Até aí, tudo bem, se não fosse pelo detalhe dos bandidos agirem fardados com uniformes da Polícia Militar e da Polícia Civil, fingindo ser policiais para assaltarem. Diante desse fato, uso a palavra criatividade, da mesma forma, para justificar um assalto a uma cobertura no bairro Padre Eustáquio. Os suspeitos vestidos com uniformes de agentes de saúde da Prefeitura de BH, que fazem visitas de inspeção de controle da dengue, renderam a empregada e limparam o apartamento.

Essa seria uma nova modalidade de assalto? Quem sabe? É só, não virar moda! Caso contrário, o caos tomará conta da cidade e a confiança no poder público balançará, em plena época de eleições. Sempre escuto pessoas dizerem: você não sabe mais se polícia é ladrão ou se ladrão é polícia! De quem é a culpa, eu não sei, mas sei que dois homens da quadrilha presa ainda conseguiram fugir fardados. Então, a dúvida continua.

No mundo crime inovação é o que não falta: são bandidos que escalam prédios de dez andares para roubar; assaltam, de moto, passageiros de táxi pela janela; entram nos ônibus, de madrugada, para faturarem notebooks de algum trabalhador sonolento; e, se quiser aprofundar no assunto, me deparo com maníacos do parque, do shopping, do metrô, do lotação, da padaria, da escola, de muitos lugares incontáveis. Fiquei pensando se a violência não é tanta que virou mediocridade. E da onde surgiu essa criatividade alucinadora dos assaltantes empreendedores? Dentro do contexto histórico e submetida a uma intolerância racional contra a luta pela hegemonia e poder, atribuo ser uma herança deixada pelo Tio Sam.

Pois é, hoje aqui em BH, temos um serial killer de taxistas. Em São Paulo, vários mendigos morreram espancados numa só noite, e se olharmos para cima no mapa-múndi, terroristas filmam bastidores do massacre de mais de 300 pessoas. Alguém pode até discordar da influência do Tio Sam, aqui ou lá na Rússia, mas episódios como esses, são amadores de sua indústria cinematográfica.

Hoje, lembrei de um garoto pobre, que virou artista de cinema, num filme sobre a vida numa favela do Rio de Janeiro. O filme conseguiu ganhar um pouco de espaço em Hollywood, concorrendo ao prêmio mais estimado do Cine. Mas, o garoto, não deu certo não, e, dias depois, foi parar nas ruas, roubando bolsas de velhinhas a fim de arrumar uma grana pra comer. Às vezes, se ele fosse um pouco mais bonitinho e soubesse arranhar bem o português, podia conseguir outros papéis. Ou melhor, se nós, os brasileiros, ouvíssemos a frase pela televisão: “And the Oscar goes to...”, esse menino podia estar na Globo, fazendo Malhação!

Agora, chega de se...

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Você sabe por que sou fã do U2?


Uma das maiores bandas de rock do planeta, o U2 consegue romper as barreiras do mundo secular e religioso e levar, até hoje, mensagens bíblicas a todos os seus ouvintes. As músicas da banda além de me trazerem à tona sentimentos como o amor, paixão, curtição, também me levam a pensar em Deus. Isso é raro hoje em dia.

Ganhei de presente o livro Walk On – A jornada espiritual do U2, de autoria do ministro presbiteriano, Steve Stockman, e pude conhecer mais detalhes sobre a carreira dos integrantes e história da banda. Eu que já sou fã do U2 há anos, lendo o livro, fiquei mais fã ainda.

A narrativa não é tão envolvente quanto de um best-seller, e também senti falta da personificação do livro que poderia ter sido preenchida com uma entrevista. O que tem de bom é o relato fiel dos temas espirituais tratados pela discografia.

Apesar de viver a dicotomia entre o universo do rock’n roll e a vida cristã, Bono Vox coloca em suas músicas o que chamo de uma espécie de mensagem subliminar, só que voltada para as questões espirituais. Por exemplo, ora parece falar de uma musa inspiradora, ora de Deus, ou de decepções amorosas, mas que valem para as decepções com a igreja e com os cristãos mornos (como ele próprio intitula). Se você ler o livro vai entender do que estou falando.

Não é para se promover e ganhar o prêmio Nobel da Paz, que Bono milita pelas causas humanitárias dos países pobres. Desde o início, a banda nasceu com o propósito cristão, que ficou muito mais claro depois do sucesso. Tanto que um irmão da comunidade em que eles freqüentavam falou que recebera a revelação de que o U2 não deveria mais tocar. Acredito ser porque eles estavam se preparando para ir além dos muros das igrejas de Dublin. Imagina se esse desejo fosse mesmo inspirado? Imagina se o U2 deixasse se levar por uma questão legalista e parasse de vez?

Hoje, dá para perceber que foi melhor para o U2 não ser rotulado como uma banda evangélica. Afinal, eles conseguiram conquistar milhares de fãs no mundo inteiro, tanto pela qualidade musical, quanto pelas mensagens e, sugiro, também pelo ativismo. Na verdade, o U2 não se preocupa em se enquadrar nessa questão religiosa, aliás, vai muito além por ter sua fé baseada em Cristo e no exemplo Dele.

Quem é fã ou tem alguma admiração pelo U2, fica aí uma sugestão legal. E para quem não é, vale a pena ler para ficar sendo!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Questão de Peso: o primeiro resultado


Hoje foi um dia de vitória! Aliás, todos os 30 dias atrás foram!

Meu primeiro resultado da reeducação alimentar é de 4 kg bem emagrecidos. Para quem está de fora, pensa que isso não significa muita coisa num mês. Então, pegue um pote de margarina de 500g derreta, jogue no chão e comece a limpar. Dará um trabalho danado, porque é muita gordura! Agora, imagina 4 kg de pura gordura?

Estou satisfeita com meu primeiro resultado, principalmente porque foi equilibrado e sem muito esforço! Tudo bem que fiquei duas semanas completamente derrubada, sem poder fazer qualquer tipo de exercício físico. Isso atrapalhou um pouco. As pessoas já começaram a reparar que dei uma murchada. Faltam muitos quilos para emagrecer, o caminho é longo, cheio de percalços, mas estou tranqüila, comendo bem, sem passar fome. O mais importante é que também trabalho minha cabeça!

Fiquei super animada, dei uma guinada na minha meta, na minha vida. Vou chegar lá e manter meu peso. E você minha cara amiga (o) já pode me convidar para uma festinha, uma reunião especial, um jantarzinho leve, porque estou preparada para lidar com as tentações! Espero seu convite!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Cães: eu recomendo!


Primeiro veio o Bono, aquela bolotinha peluda, tão fofinha. Tinha me apaixonado com a raça Golden Retriever por causa de uma revista especializada que o Vitor me deu. Fiquei louca e sugeri ao Vitor: - que tal darmos o próximo passo no nosso relacionamento? Ele não entendeu nada... E eu continuei: – Vamos comprar um cachorro?????

Lembro do primeiro dia que ele chegou aqui em casa. Ele vomitou e breiou o carro de cocô, por isso é traumatizado até hoje, detesta andar de carro. Ele escolheu o Vitor como dono, logo de cara. Mas, como a companheira fiel sou eu, ele se apegou logo. Eu escolhi seu nome, e combinou direitinho, porque além de ser fã do Bono Vox de verdade, Bono rima com bom, que é o temperamento dele. Esse cachorrinho começou a mudar minha vida de tal forma que hoje não consigo fazer nada sem pensar nele.

Logo depois de um ano, achamos que o Bono estava muito sozinho e precisava de uma companhia. Não foi preciso procurar, fizemos amizade com uma criadora de goldens e ela logo nos ofereceu outra bolinha de pêlo. Essa cachorrinha, quando bateu o olho em mim, já foi pulando no meu colo e lambendo meu rosto. Não resisti, ela tinha me escolhido! O nome dela foi o Vitor que colocou, confesso que eu queria que ela chamasse Punky Brewster, porque sabia que ela ia ser muito levada. Mas, Bella também combinou com ela.

O amor que tomamos por esses bichinhos é tão grande que preenche nossas vidas de muita alegria, agitação e lambidelas. Todos os dias, tenho uma história nova para contar dos meus goldens. São muitas travessuras, várias demonstrações de afeto, parece que eles falam com a gente. São sensíveis e ótimos companheiros, aliás, detestam ficar sozinhos.

Todas as manhãs, eu acordo com o Bono chorando na porta do meu quarto, doido para entrar e me lamber. A Bella faz uma festa incompreensível, só porque acordei! Quando saio, pode ser por dez minutos, ao chegar ela já faz festa! A cara de tristeza deles quando vou trabalhar é de dar dó! Também é rotina, lá pelas 17h, eles começarem a me chamar para ir à rua. Não tenho saída, eles aprontam uma bagunça até conseguir me convencer! Quando estão manhosos, chegam de mansinho para ganhar um carinho, e somos retribuídos com várias lambidas molhadas. A Bella é minha co-piloto quando saio de carro, ela vai sentadinha do meu lado, prestando atenção no movimento. O Bono é meu companheiro de soneca, onde eu me deito para cochilar, ele vai atrás.

Posso contar mil e uma histórias dos meus tesouros da criação. Basta prestar atenção neles e deixar ser surpreendida. Algumas pessoas não gostam de cães. Não entendo como isso é possível. Não sou daquelas donas que gostam de humanizar os cachorros. Eu os trato como animais, assim eles são felizes! Só sei que enquanto eles viverem ao meu lado vão sempre trazer mais amor e motivação ao meu dia!

ps: chamo eles de tesouros da criação porque são criaturas feitas por Deus que têm grande valor na minha vida!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Identidade

“Para me adaptar ao que era inadaptável, para vencer minhas repulsas e meus sonhos, tive que cortar meus grilhões - cortei em mim a forma que poderia fazer mal aos outros e a mim. E com isso cortei também a minha força.” Clarice Lispector

Hoje medito nas palavras da carta de Clarice, escrita por ela para uma amiga, em 1947, enquanto estava vivendo na Suíça. Depois de tantos anos, Clarice ainda consegue tocar nossos corações para refletir sobre o sentido da vida, da natureza humana e das exigências sociais.

Confesso que não estou no meu estado normal hoje. Também depois de tantos dias só na cama, por causa de um diagnóstico errado que eu mesma me permiti dar, minha saúde foi um pouco prejudicada. Na verdade, não fui ao médico antes para não me decepcionar e ouvir o que estava imaginando. Só que, quando realmente tive que ir, foi bem diferente. Nada é como a gente imagina!

Daí, estou a pensar nesses dias que sucedem. Estou a pensar no quanto estou me violentando por não fazer o que quero, mas o que os outros esperam que eu faça. Tudo anda meio turbulento na minha vida. Além dos problemas de saúde que estão aparecendo, acredito que podem ser por causa do emocional, há algumas áreas que também sofrem com isso.

Não estou feliz com a minha profissão só porque tenho um emprego estável. Não quero casar só porque tenho muitos anos de relacionamento e porque as pessoas esperam isso. Realmente, ou infelizmente, ainda não é o momento. Não quero fazer pós-graduação e gastar meu dinheiro à-toa só porque procuro uma direção. Não quero emagrecer só porque os outros acham que fico mais bonita. Não quero ir à igreja só porque acham que é o melhor lugar pra eu estar. Não quero deixar de ser quem sou, perder minha identidade, só porque preciso ir pelo caminho que os outros escolheram por mim.

Quero muito mais! Quero transbordar a Vanessa que está comprimida aqui dentro desse corpo que não anda bem. E assim continuar com a minha força. Vou parar de me violentar e fazer o que quase sempre fiz: ser eu mesma! Ainda que possa decepcionar muitas pessoas, serei livre!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Salomão tem razão!


“Eu tenho visto neste mundo uma injustiça que é cometida pelos que governam: eles colocam pessoas tolas em altos cargos e deixam de lado pessoas de valor”.

Fonte: Bíblia Sagrada – Na linguagem de hoje (Livro de Eclesiastes 10: 5-6)
Ontem, estava meditando a Palavra e parei no versículo acima. Gente, como é que desde a época do Rei Salomão, que viveu há trocentos anos, nada mudou?

É exatamente isso que acontece comigo na Prefeitura. Sem tirar nem pôr. É aquela velha história de que temos que conhecer (ou vender a alma para) alguém influente politicamente para ser promovida, ou ser daquelas que passam pelo teste do sofá, claro!

Como não é esse o meu caráter, fico ali esquecida, enquanto outros conseguem. Ganho milhares de elogios, mas o salário continua o mesmo. Não que eu seja arrogante o bastante para falar que sou espetacular, mas sei da minha competência!

Só dá para ficar triste, pois uma situação tão antiga, citada pelo ser humano mais sábio do mundo, possa continuar fazendo sentido depois de tanto tempo! Ainda bem que a palavra de Deus nos consola! Vou seguir com fé e cumprir meus deveres, pois creio que a minha oportunidade virá, não importa o lugar em que eu estiver!

Mesmo assim: obrigada Deus pelo meu trabalho!

Agosto Dourado: você conseguiu amamentar?

  A campanha “Agosto Dourado” veio para promover o aleitamento materno e conscientizar sobre sua importância para a mãe e o bebê. Até os sei...